terça-feira, 5 de abril de 2016

Ressurge Manaus




Sobre a margem esquerda do Rio Negro nasceste tu, mãe dos deuses.
Oh, forte de São José do Rio Negro! Era 1669...
Surge então a vila em 1832, com teu nome, com teus traços,
Com tua origem indo tupi, com o nome hebraico: Manouchyaka.

Manau, Manaó, Manaós...

A vila de Manaós, tornou-se cidade,
Cidade da Barra do Rio Negro.
Morena mulher, imagem cabocla.
24 de outubro de 1848.
Oito anos depois, retoma a tua origem: sim é Manaus!

Terra santa, terra onde emana mel
Mel da seringueira...é a Borracha!
Tempo áureo, fim do século XIX e início do XX.
Bella Époque.
Manaus, Paris dos Trópicos.

No Coração da Amazônia:
O colossal Teatro Amazonas, Porto flutuante, relógio da Matriz.
A realeza no meio da floresta.
Toques do Reino Unido, numa Manaus índia.

Surgem ainda galerias pelo centro, bondes,
Calçadas com granito, pedra de liós,
A primeira universidade do país.
Gente de outras partes te abraçam,
Irmãos nordestinos se tornam teus filhos.

Da nobreza viste o caos,
Na tua decadência, nasce então uma nova era.
Resurge das cinzas, desponta na indústria, acelera o teu crescimento.
Nasce uma nova Manaus, com resquícios de ingenuidade, hoje com ares cosmopolita.

És mãe, és deusa, és belatriz.
Vive em nossa memória.
Resurge todos os dias em nossos encontros,
És negro, és solimões.
És Manaus! És minha, és tua, és nossa história!

Arthemisa Gadelha

Poema escrito em 2011


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