Sobre a margem esquerda do
Rio Negro nasceste tu, mãe dos deuses.
Oh, forte de São José do Rio
Negro! Era 1669...
Surge então a vila em 1832,
com teu nome, com teus traços,
Com tua origem indo tupi,
com o nome hebraico: Manouchyaka.
Manau, Manaó, Manaós...
A vila de Manaós, tornou-se
cidade,
Cidade da Barra do Rio
Negro.
Morena mulher, imagem
cabocla.
24 de outubro de 1848.
Oito anos depois, retoma a
tua origem: sim é Manaus!
Terra santa, terra onde
emana mel
Mel da seringueira...é a
Borracha!
Tempo áureo, fim do século
XIX e início do XX.
Bella Époque.
Manaus, Paris dos Trópicos.
No Coração da Amazônia:
O colossal Teatro Amazonas,
Porto flutuante, relógio da Matriz.
A realeza no meio da
floresta.
Toques do Reino Unido, numa
Manaus índia.
Surgem ainda galerias pelo
centro, bondes,
Calçadas com granito, pedra
de liós,
A primeira universidade do
país.
Gente de outras partes te
abraçam,
Irmãos nordestinos se tornam
teus filhos.
Da nobreza viste o caos,
Na tua decadência, nasce
então uma nova era.
Resurge das cinzas, desponta
na indústria, acelera o teu crescimento.
Nasce uma nova Manaus, com
resquícios de ingenuidade, hoje com ares cosmopolita.
És mãe, és deusa, és
belatriz.
Vive em nossa memória.
Resurge todos os dias em
nossos encontros,
És negro, és solimões.
És Manaus! És minha, és tua,
és nossa história!
Arthemisa Gadelha
Poema escrito em 2011
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