domingo, 1 de maio de 2016

Nem tudo que parece é




No final da noite
A face obscura e mórbida
Faz-se presente

O seu olhar doentio corroí a minha mente
E me dá arrepios

Tento correr
O medo toma conta da minha alma
Deus o que faço?

Sei que não posso escapar
Ele ri de minha aflição
Faz parte do seu jogo

Não tenho forças
Tremo, choro...
Minhas pernas desfalecem
O perigo aumenta
A face do horror se faz presente

Sinto sua mão
Ele conseguiu me alcançar
Sua excitação é visível
Seus olhos brilham

Tento gritar
Tento sair
Não consigo!
Estou presa!
Não posso mais escapar...

De repente alguém move as cortinas
Os raios penetram no quarto
Meus olhos se abrem
A ilusão desaparece
Suspiro aliviada
Enfim, a vida volta ao normal

1997 - Autoria: Arthemisa Gadelha & Eric Salvatierra



Nenhum comentário:

Postar um comentário