O moço discreto
Ele pousou como pássaro
faceiro, curioso, inquieto
Era um beija-flor!
Não permitiu a mão espalmada
Voou! Foi mais rápido que um piscar
Eita, bichinho determinado!
Cheio de força como a batida de suas asas
Esse moço de penas sempre voltava
Contemplava a flor
As vezes tímido
As vezes tão espontâneo
- E ela?
Ah, a flor resplandecia, cheia de cores
Era primavera...
Era amores...
Tudo florescia!
Ela doava cada gota de néctar
Ah, a flor se apaixonou...
- E o beija-flor?
Bem, passarinho danado como ele
Viajou por outros jardins
Conheceu outras estações
E encantou novas flores
Pássaros são livres
- E a flor?
Renasceu!
Brotou em novas pétalas
Exalou novo perfume
Permaneceu no jardim
- Será esperança?
Sim! Esperança de rever aquele voo parado
E de ouvir aquele coração
As 1.200 batidas por minuto
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